Paciente com Esclerose Lateral Amiotrófica: saiba como fazer um bom acompanhamento nutricional

NU-9 na Esclerose Lateral Amiotrófica
OLHOS VOLTADOS PARA O NU-9 NA ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
31 de março de 2021

O acompanhamento nutricional para os pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (E.L.A.) é fundamental e extremamente importante, e o tratamento deve ser iniciado assim que o paciente recebe o diagnóstico.

É comum que pacientes com E.L.A. tenham um desequilíbrio energético, que pode ocorrer por disfunção mitocondrial com redução na produção de energia, fasciculação, cãibras e aumento da demanda de nutrientes muscular.

Devido a progressão da doença, sintomas como perda de peso e alteração da composição corporal são muito comuns, e somente um acompanhamento nutricional realizado por um profissional especialista poderá auxiliar o paciente a se alimentar de forma satisfatória, evitando a perda de peso excessiva e proporcionando melhora no estado de saúde e, inclusive, aumentando a sobrevida.

 

Como fazer um bom acompanhamento nutricional?

 

O primeiro passo para garantir um acompanhamento nutricional ideal para o paciente com E.L.A. é consultar um especialista.

O Nutricionista é o profissional de saúde apto para fazer o acompanhamento nutricional. Ele dará as orientações nutricionais e dietéticas, além de indicar suplementações, quando necessário.

 

Dieta personalizada

 

A dieta deverá ser pensada de forma personalizada para as necessidades de cada paciente para garantir a ingestão adequada de macronutrientes, como carboidratos, proteínas e gorduras, assim como de micronutrientes, como vitaminas e minerais, além dos antioxidantes e hidratação.

O profissional deve priorizar uma alimentação variada e colorida, com predominância de alimentos in-natura, e evitar a oferta de alimentos de baixa qualidade nutricional, como o excesso de açúcar e alimentos processados, por exemplo. Vale ressaltar que a alimentação também deve ser rica em alimentos fonte de proteína de origem animal e gorduras.

 

Gastrostomia

 

Dependendo do estágio da doença, o profissional poderá sugerir o tratamento com suplemento alimentar ou outras alternativas de alimentação, como o uso de sonda ou gastrostomia.

A dieta administrada por via alternativa de alimentação (sonda ou gastrostomia, por exemplo) é dirigida mantendo as mesmas características das orientações dietéticas realizadas por via oral: hipercalórica, hiperproteica de normo a hiperlipídica com fibras.

 

Alterações nos níveis de gordura no sangue

 

A ingestão alimentar de gordura na ELA merece destaque. Há evidências de que a dislipidemia (aumento dos níveis de colesterol e triglicérides no sangue) exerce um fator protetor para a evolução da doença em mais de 12 meses na sobrevida destes doentes. Desse modo, tratamentos sugeridos no controle dislipidemico, incluindo medidas dietéticas, podem interferir negativamente na progressão da doença.

 

Periodicidade entre uma consulta e outra

 

É necessário manter a periodicidade e regularidade do acompanhamento nutricional para o sucesso do tratamento. O ideal é que o tempo entre uma consulta e outra não ultrapasse três meses.

O Nutricionista deve ter um histórico do paciente, anotando informações como história clínica, história alimentar, avaliação bioquímica e análise de medidas antropométricas, que nada mais são do que as medidas nada mais são do que medidas realizadas no corpo e cálculos que são realizados a partir delas. Essas medidas têm uma relação direta com a evolução da doença e, por isso, precisam de atenção especial. Deve-se considerar também a porcentagem de perda de peso e o IMC como parâmetros do estado nutricional.

A avaliação antropométrica deve ser realizada a cada consulta e os ajustes na alimentação, se necessários, devem ser prescritos pelo especialista.

A avaliação do estado nutricional, além de permitir a identificação precoce de distúrbios nutricionais, cria a possibilidade de uma intervenção mais adequada, auxiliando na recuperação do paciente.

A ABrELA – Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica conta com uma equipe de profissionais voluntários especializados em diversas áreas de atuação, incluindo Nutricionistas, prontos para oferecer o melhor tratamento e acompanhamento dos indivíduos com esta doença, bem como orientar cuidadores e familiares sobre todas as peculiaridades clínicas do diagnóstico.

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