O acompanhamento nutricional para os pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (E.L.A.) é fundamental e extremamente importante, e o tratamento deve ser iniciado assim que o paciente recebe o diagnóstico.
É comum que pacientes com E.L.A. tenham um desequilíbrio energético, que pode ocorrer por disfunção mitocondrial com redução na produção de energia, fasciculação, cãibras e aumento da demanda de nutrientes muscular.
Devido a progressão da doença, sintomas como perda de peso e alteração da composição corporal são muito comuns, e somente um acompanhamento nutricional realizado por um profissional especialista poderá auxiliar o paciente a se alimentar de forma satisfatória, evitando a perda de peso excessiva e proporcionando melhora no estado de saúde e, inclusive, aumentando a sobrevida.
O primeiro passo para garantir um acompanhamento nutricional ideal para o paciente com E.L.A. é consultar um especialista.
O Nutricionista é o profissional de saúde apto para fazer o acompanhamento nutricional. Ele dará as orientações nutricionais e dietéticas, além de indicar suplementações, quando necessário.
A dieta deverá ser pensada de forma personalizada para as necessidades de cada paciente para garantir a ingestão adequada de macronutrientes, como carboidratos, proteínas e gorduras, assim como de micronutrientes, como vitaminas e minerais, além dos antioxidantes e hidratação.
O profissional deve priorizar uma alimentação variada e colorida, com predominância de alimentos in-natura, e evitar a oferta de alimentos de baixa qualidade nutricional, como o excesso de açúcar e alimentos processados, por exemplo. Vale ressaltar que a alimentação também deve ser rica em alimentos fonte de proteína de origem animal e gorduras.
Dependendo do estágio da doença, o profissional poderá sugerir o tratamento com suplemento alimentar ou outras alternativas de alimentação, como o uso de sonda ou gastrostomia.
A dieta administrada por via alternativa de alimentação (sonda ou gastrostomia, por exemplo) é dirigida mantendo as mesmas características das orientações dietéticas realizadas por via oral: hipercalórica, hiperproteica de normo a hiperlipídica com fibras.
A ingestão alimentar de gordura na ELA merece destaque. Há evidências de que a dislipidemia (aumento dos níveis de colesterol e triglicérides no sangue) exerce um fator protetor para a evolução da doença em mais de 12 meses na sobrevida destes doentes. Desse modo, tratamentos sugeridos no controle dislipidemico, incluindo medidas dietéticas, podem interferir negativamente na progressão da doença.
É necessário manter a periodicidade e regularidade do acompanhamento nutricional para o sucesso do tratamento. O ideal é que o tempo entre uma consulta e outra não ultrapasse três meses.
O Nutricionista deve ter um histórico do paciente, anotando informações como história clínica, história alimentar, avaliação bioquímica e análise de medidas antropométricas, que nada mais são do que as medidas nada mais são do que medidas realizadas no corpo e cálculos que são realizados a partir delas. Essas medidas têm uma relação direta com a evolução da doença e, por isso, precisam de atenção especial. Deve-se considerar também a porcentagem de perda de peso e o IMC como parâmetros do estado nutricional.
A avaliação antropométrica deve ser realizada a cada consulta e os ajustes na alimentação, se necessários, devem ser prescritos pelo especialista.
A avaliação do estado nutricional, além de permitir a identificação precoce de distúrbios nutricionais, cria a possibilidade de uma intervenção mais adequada, auxiliando na recuperação do paciente.
A ABrELA – Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica conta com uma equipe de profissionais voluntários especializados em diversas áreas de atuação, incluindo Nutricionistas, prontos para oferecer o melhor tratamento e acompanhamento dos indivíduos com esta doença, bem como orientar cuidadores e familiares sobre todas as peculiaridades clínicas do diagnóstico.
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